4 de Outubro de 1984, nascia a primeira Aldeia Infantil SOS em Cabo Verde, localizada na então vila de Assomada, hoje cidade.
Há 25 anos ...
Foi neste domingo, que completou mais um ano de existência, em Cabo Verde, a instituição que nasceu do sonho de dar um lar para crianças órfãos da segunda guerra mundial.
E como não poderia deixar de ser, a cidade que viu nascer a Aldeias Infantis SOS Cabo Verde também sediou a comemoração dos 25 anos.
O dia começou cedo na Assomada, com uma marcha Picos-Assomada. Jogos de futsal, cartas, damas, Oril são algumas actividades que aconteceram na parte da manhã.
O período da tarde começou com a inauguração da sala de exposição dos trabalhos de artesanato, rendas entre outros, todos confeccionados pelas Mães e Crianças SOS.
A hora do almoço, prato tradicional, xerém, guisado de bode com batata e mandioca...
Depois de uma visita às instalações da Aldeia Infantil SOS de Assomada foi cantado os parabéns pela Banda Municipal de São Domingos. As mães reformadas Mimi e Ciza e Orlando Mascarenhas, em representação a comissão de honra das comemorações, apagaram as velas dos 25 anos com aplausos dos presentes. O primeiro pedaço de bolo foi entregue ao Director Nacional, Dionísio Pereira.
A cerimónia solene teve lugar teve lugar na placa desportiva com o hino nacional, seguido do coral de crianças SOS a entoar a musica "Here I am".
A tarde foi bastante animada, muita cultura, e apresentações de vários artistas. Teve ainda o momento da entrega dos troféus aos vencedores do torneio de futsal, cartas e damas.
O encerramento das actividades aconteceu com os discursos do Director da Aldeia de de Assomada, o Director Nacional, o Presidente da Câmara de Santa Catarina e do representante da comissão de honra, Orlando Mascarenhas.
"Aldeias Infantis SOS faz parte do sucesso de Cabo Verde"
"Como presidente da Câmara Municipal de Santa Catarina eu começo a dar os meus parabéns a SOS Cabo Verde, pelos seus 25 anos". Dizia Francisco Tavares que fez questão de frisar que a Aldeias Infantis SOS Cabo verde nasceu e cresceu em Santa Catarina, tendo expandido depois para outros municípios, acrescentando que a instituição tem um curso de 25 anos dos 34 da independência de Cabo Verde. É portanto, "parte da história de Cabo Verde como independente e parte do sucesso de Cabo Verde "
Tavares considera a SOS CV uma instituição credível, parceira de desenvolvimento e especialmente, uma instituição para o futuro, com a qual está comprometida. e que sempre esteve do lado das crianças que necessitam de protecção, ajudando-as a construir o bem-estar e oportunidades.
Considerando-a como um dos importantes ganhos dos 34 anos de independência. Tavares salientou que a instituição tem um futuro porque tem princípios, visão e missão definidos. Assim, o edil santa catarinense apela aos responsáveis para "continuarem o seu trabalho e compromisso com as crianças porque eles são o presente e o futuro."
Para Francisco Tavares a celebração do aniversário de 25 anos esteve a altura da rota que a instituição tem em Cabo Verde, sublinhando que as autoridades caboverdianas devem de facto orgulhar-se por ter um parceiro como a Aldeias Infantis SOS.
"Parabenizo a comissão organizadora das comemorações pelo seu trabalho em um ano particularmente difícil e também felicito a Kinderdorf Internacional pelos seus 60 anos de serviço à protecção da criança". Disse o presidente da Câmara Municipal de Santa Catarina terminando o seu discurso com um Bem Haja SOS Cabo Verde.
Orlando Mascarenhas, que falava em nome da Comissão de Honra das comemorações, recordou a história da instituição no Pais na década de 80 pelo então primeiro-ministro Pedro Pires, actual Presidente da República
Para ele, a criação da Aldeias Infantis SOS foi um evento que marcou profundamente o processo de desenvolvimento das actividades sociais em Cabo Verde.
O representante da comissão de honra considera que ao priorizar a educação de crianças e adolescentes, a organização reflecte a sua missão que contempla o desenvolvimento integrado de todos os aspectos da personalidade seja ele físico, mental, emocional, intelectual, social, profissional, cultural e moral. Mascarenhas agradeceu especialmente as Mães SOS, Funcionários, internos, padrinhos e a todos quantos ajudam a instituição.
Dionísio Pereira, director nacional da Aldeias Infantis SOS Cabo Verde era um homem satisfeito, principalmente com os resultados alcançados. No entanto, espera uma participação maior e mais envolvimento da sociedade para continuar o trabalho. Opinião de que partilha também o director da Aldeia de Assomada, Rito Teixeira.