O Primeiro-Ministro, José Maria Neves, considerou esta sexta-feira, 12 de Dezembro, durante uma visita efectuada às instalações das Aldeias SOS na ilha de Santiago, que os projectos em curso pela referida instituição são “grandes” e de “grande impacto social” e que merecem, por isso, o reconhecimento e o concurso de toda a sociedade civil cabo-verdiana.
Para além das conhecidas Aldeias SOS de Ribeirão Chiqueiro, no concelho de São Domingos, e a de Assomada em Santa Catarina, o Chefe do Executivo foi conhecer de perto o projecto do Centro de Intervenção Comunitária de Rincão, uma pequena aldeia piscatória em Santa Catarina e que enfrenta graves desafios sociais e económicos e pôde testemunhar a grande transformação que está a conseguir no seio daquela comunidade, assente, sobretudo, na educação das pessoas.
“São grandes projectos, com grande impacto social. Chega-se a Rincão, por exemplo, e vê-se que há uma mudança, mudança de atitude, um outro comprometimento das pessoas com a comunidade, um outro comprometimento dos pais e das mães com a educação dos filhos. E podemos ver que está a haver, gradualmente, uma mudança social em Rincão e, portanto, o projecto está a ter um grande impacto”, assinala o Primeiro-Ministro.
Por isso e muito mais, sublinha Neves, “é preciso que a sociedade civil conheça a dimensão social desta acção da aldeia SOS e podermos todos valorizar a grandeza deste trabalho”, salienta o Primeiro-Ministro.
A razão de efectuar esta visita nesta quadra natalícia é proposital, também, “para trazer um abraço amigo e para desejar boas festas e, portanto, que o natal seja muito feliz e que todos tenhamos um bom ano de 2015, com muita amizade, com muita afectividade e com muita solidariedade”, vincou.
Para o Director Nacional das Aldeias Infantis SOS Cabo Verde, Sr. Dionísio Pereira “ o motivo pelo qual convidamos a sua Excia. o Primeiro-ministro a visitar os nossos projectos é dar-lhe a conhecer o trabalho que vimos desenvolvendo durante estes 30 anos em Cabo Verde, mostrar-lhe a nova filosofia de trabalho que a SOS tem adoptado neste ultimo anos, que é trabalhar com as crianças no seio familiar. Ou seja trabalhando as famílias na sua reestruturação, dando-lhes ferramentas para que possa cuidar das suas crianças sem ser necessário tirá-la do seio familiar”.
Apesar da crise financeira internacional e nacional Pereira diz que “esta sendo cada vez mais difícil da parte externa, felizmente o cidadão cabo-verdiano vai valorizando e partir do conhecimento mais consistente do trabalho que estamos a fazer, e com isso temos vindo a ter mais padrinhos que estão ajudando o nosso trabalho. Felizmente a nossa qualidade não baixou, o número de beneficiários não reduziu precisamente porque a parte nacional soube se por de pé juntando-se a SOS sendo madrinha ou padrinho e ajudando-nos a complementar o que é necessário para fazermos o nosso trabalho”.